
É habitual falar que namoro bom termina em casamento, e isso até parece lógico e fácil. Mas, como terapeuta de casal, o que mais vejo são casamentos com pouco ou nada de namoro! Seguindo geralmente no papel de pai e mãe.
Namorar (para quem é casado e não lembra o que é) entende-se: elogiar o que vê de belo ou encantador no outro, ter gestos de carinho e atenção, compartilhar sonhos e inquietações, ter intimidade, confiar e ser apoiado em momentos difíceis.
Será que o DESEJO é assassinado num casamento pela rotina?
Penso que não. Vejo-a como necessária principalmente quando organiza a vida para que possa fazer o necessário. Sem ela seria o caos.
Acredito sim, que o desejo tem variações como a bolsa de valores. Pode até sofrer alguns desmaios em períodos de crise ou problemas graves, mas é bom que se cuide para que ele não morra.
Como faz para que o DESEJO sobreviva as contas e a gritaria das crianças, a intromissão do sogro ou parentes? Resposta: Alimente o desejo com atitudes de namoro. Não sempre nem o tempo todo, porque ainda seria impossível, mas com frequência (maior de uma vez por semana e menos do que um ano).
Nessa missão os dois são responsáveis por fazer.
A promessa ao casar não é “prometo amar você, neste momento e por todo a minha vida com garantias e sem nenhum esforço e dedicação”.
Afinal, relacionamento dá trabalho, paciência se ninguém lhe contou.
Abraços, Gi.