
Você já parou para observar a diferença do que era uma festa de aniversário da sua infância para a de seus filhos? Eu já. Então vou descrever a festa dos 5 anos de meus filhos.
Contrata-se um buffet com cardápio variado, no mínimo 8 tipos de doces e 8 tipos de salgados, crepe, cachorro-quente, sorvete, refrigerante e bolo.
É necessário uma decoração encantadora, entretenimento para as crianças com: camas elásticas, palhaço, maquiadora para as “princesas”, jogos eletrônicos e até pista de dança, se não os “santos diabinhos” não vão sossegar.
Cada convidado ao final da festa espera seu presente (a lembrancinha) por que não sei quem achou que não era só o aniversariante que ganharia presente nesse dia.
Ontem, há muito tempo atrás, (afinal já faz 30 anos) a festa era assim: o convite era de forma verbal ou no máximo um impresso de 8cm, entregue alguns dias antes, afinal as crianças não tinham superlotação de agenda e dificilmente alguém faltava. O local era a própria casa, subentenda-se quintal ou garagem com 1 mesa.
O cardápio era brigadeiro, pastelzinho, gelatina e bolo (o da minha mãe que todos adoravam) e refrigerante, que além de ser em garrafa de vidro, era mais gostoso, pois só se via aos domingos e nestas ocasiões. Ninguém fazia “beicinho” para comer.
O entretenimento era por conta das crianças: futebol, queimada, pega-pega, esconde-esconde e o que mais quisesse. A diversão era garantida!
Lembrancinha? Só se levava na mente e no coração a alegria que foi o encontro.
Você, como blogueiro pode pensar: isso é coisa de gente velha que fica falando “no meu tempo”. Mas eu prefiro achar que é coisa de quem teve uma infância menos capitalista e feliz de verdade!
Ah! Se é possível fazer hoje a festa de ontem? Sim, a do meu filho Enzo, em 2012, foi à moda antiga: em nossa casa, na garagem, variedade de poucos doces e salgados e apenas a cama elástica, pois não confiei no tamanho da criatividade das crianças de hoje em dia, e não pretendia enlouquecer os pais.