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Postado em 10 de Janeiro de 2014 às 13h47

A arte de perdoar

Relacionamento Familiar (3)
Blog da Gianne Novo Conteúdo 21 Será que sabemos o que é? Às vezes sabemos e não praticamos, mas quando o fazemos logo sentimos. De nada adianta dizer “se perdoa alguém” se não...

Será que sabemos o que é?

Às vezes sabemos e não praticamos, mas quando o fazemos logo sentimos.

De nada adianta dizer “se perdoa alguém” se não houver uma interiorização desta atitude.

Disse um paciente certa vez: “Dra, eu já perdoei aquele desgraçado”.

O ato de perdoar é uma decisão consciente, pode levar meses e até anos, dependendo da situação.

Como começa?

O processo inicia com a decisão e a vontade de perdoar, falando da “boca para fora”: eu quero perdoar, eu preciso perdoar e eu estou perdoando… até que num determinado momento o alívio acontece e a emoção negativa é liberada.

A empatia (colocar-se no lugar do outro), tentar entender o porquê e o contexto da ofensa, são situações que facilitam o perdão.

Perdoar não é esquecer, disse o Dr. Evertt (USA), no simpósio de Terapia Familiar no Rio de Janeiro, em outubro de 2012, onde discutimos dois dias a arte de perdoar. Mas, ao lembrar da ofensa não sentir mais dor, isso é sinal que o perdão aconteceu.

Perdoar não é tolerar e aceitar que a ofensa ou o erro se repita pela mesma pessoa, em seguida, ou até constantemente. Exemplo: cônjuge enganou outro cônjuge mentindo sobre uma negociação. Passado um mês, mente novamente sobre outra situação também envolvendo negócios. Não é possível “perdoar sempre”, por que assim se está permitindo que o erro perpetue. Afinal, defender-se é uma questão de amor próprio e faz bem à saúde.

A leveza, o bem-estar e a saúde que se ganha ao perdoar é algo inevitável e inerente ao perdão.

É um passo em direção a felicidade, que não precisa necessariamente que o outro se arrependa, ou que peça perdão. No perdão, o bem maior é para nós mesmos.

Perdão: palavra de força imensa, necessário em qualquer relacionamento e só entendida e sentida se você se permitir.

“Abençoa a quem recebe e a quem perdoa”, já dizia Willian Shakespeare.



Beijos,
Gi

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